quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Palavras da vida

Nem despe o casaco, tem frio. Vem de um lugar meio distante onde os pés começavam a fraquejar. Chega a casa, atira as coisas para um canto e não quer saber de nada, até o despertador tocar no dia a seguir, a lembrar que tem de trabalhar. Tirou aquele curso a pensar que aquilo era o que sempre quis, agora olha para trás: sempre foi das melhores nas disciplinas de desenho, fez um pouco de teatro, sempre gostou da natureza, de viajar...será que este curso que tirou foi o que realmente sempre quis? será que um dia não vai acordar e pensar: "Não, eu não nasci para isto?" Ok, sempre foi boa a matemática, nunca teve problemas com números e sempre quis ser gestora. Mas é isto ser gestora? Analisar, fazer check de mil coisas. Vê por enquanto isto como uma forma de ganhar dinheiro, nada mais, será que está condenada a fazer uma coisa que não adora a vida toda? Pensa muitas vezes que o sonho da independência lhe saío furado, afinal de contas os meios nem sempre justificam os fins? Sempre soube que esta área era das que dava mais facilidade de começar a vida, será que não se deixou levar também pelos pais sempre terem estado relacionados com isto? Tanta pergunta, muitas respostas.

Por outro lado, passa os dias a pensar nela, onde vai ser, como vai ser, como a vai "vestir", que cores lhe vai dar. Só o dinheiro a permite realizar o seu sonho de agora. É uma coisa que pode ser tão simples para uns, mas a ela, deixa-a ansiosa, a idealizar as coisas, a pensar que é um compromisso que quer mesmo assumir. Lá está, é preciso trabalhar, ter estabilidade para poder alcançar aquilo a que agora se propõe. Há necessidade de arriscar e confiar em nós próprios, por isso, eu confio: que isto seja apenas um começo, que um dia dentro da gestão ela consiga fazer o que sempre sonhou (*é segredo) , com lucro e que o passo que quer dar brevemente não seja aquele que a vai fazer cair, mais tarde, tropeçando em si própria e nas suas ideias.

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