às vezes, lembro-me de ti, olhando para pequenas coisas. a primeira vez que te vi, a primeira vez que falamos, os olhares tímidos que trocamos, as idas ao Mac (sempre fora de horas), as tardes passadas no jardim, as corridas na chuva, o quarto mais desarrumado que já vi, aquelas noites de alcool, a cara que fazias a tentar perceber o que eu dizia, os momentos de silêncio que respeitamos sempre entre nós,....é bom recordar.

=)

Acho piada à forma como algumas empresas hoje em dia fazem o seu recrutamento. Chamam para as suas entrevistas imensos alunos, percorrem as ditas melhores faculdades na nossa área e dizem estar a contactar todos os melhores. Óbvio que estão a chamar quase todos e não os melhores (aproveito para dizer que os melhores não são, necessariamente, aqueles que apresentam melhor média). Para além disso, os processos são longos, parece que estão a analisar "ratos" num laboratório. Vão desde sessões em grupos, a testes individuais a entrevistas técnicas, a entrevistas pessoais, por vezes mais que uma destas coisas no mesmo processo de recrutamento. Depois disto tudo, vem o longo tempo de espera. Não dizem nada meses a fio. E, quando já agarramos outra oportunidade, quando já pensamos que se esqueceram de nós, Pumba, voltam a ligar. E afinal até podia ser a nossa primeira opção. Como querem estas empresas ir para a frente? Tentam procurar os ditos melhores e demoram tanto tempo a dar-lhes uma resposta que os acabam por perder. Enfim, não me sinto mal com o que tenho hoje, muito pelo contrário, as pessoas e a empresa tem demonstrado ser uma boa opção. Fico sim, revoltada, pela falta de consideração de algumas entidades que, após meses sem dizer nada se lembram que afinal até lhes podemos ser úteis.

Pais, para onde caminhas!?

Os jardins da capital tomaram vida, por cinco meses, aos domingos. Ganharam música e melhoraram a sua cor e ambiente numa atmosfera que envolve. Para o ano, é bom que a iniciativa se volte a repetir, na sua quinta edição.

Fez-me lembrar Dublin, aquelas tardes passadas no St Stephen's Green. Temos o que queremos, onde queremos, só nos resta pegar nos vários lápis que temos à disposição e, Pintar.

A semana passada quando estive com duas amigas minhas, em momentos separados, disseram ter visto este filme. Eu tinha tentado ver, mas o sono não me o permitiu. Ambas disseram que choravam sempre. É tão bom chorar a ver filmes. Hoje, sem muito que fazer, decidi ir dar uma espreitadela nele e simplesmente Amei. É daqueles que faz chorar, mesmo. Mas, não só faz chorar: faz pensar, faz ter vontade de viver e acima de tudo fez-me, a mim, não me sentir sozinha. O amor pode morrer, mas a vida continua aqui, a cada dia que passa. Agora é altura, de outro capítulo.

P.S. I Love you.

Esperar

Usamos esta palavra imensas vezes:

- Odeio ter de esperar.

- Fui a um serviço público, estive imenso tempo à espera.

- Esperem por mim, vou só ali, já venho.

- Espera que eu te diga alguma coisa para combinarmos algo.
- Temos de esperar pelos que estão mais atrás.
- Estava na estação, estive imenso tempo à espera do comboio.
- ...

Hoje a espera é diferente, mas não deixa de ser esperar.

Saber esperar é uma grande virtude?

Sabes?

Sabes aquela sensação de bem estar constante, de nada te meter triste porque a vida é importante de mais para perder tempo com pequenas coisas? Sabes o estar a ouvir aquela música de olhos fechados, a senti-la e a não importar se alguém está a olhar se não, porque te sentes bem? Sabes o acordar de manhã e não custar muito a levantar, porque afinal estás viva e até faz sentido a vida que estás a levar? Sabes o não pensar nele o dia todo, porque afinal de contas temos de pensar na vida como ela é? Sabes o ouvir aquela música no rádio e pensar em coisas lamechas e pirosas e aceitar que é assim que o amor deve ser? Sabes o querer simplesmente viver um dia de cada vez e conseguir estar bem-disposta sem ser forçado? Sabes o ter vontade de dizer alguma coisa e conseguir não dizer nada porque é assim que as coisas devem ser? Sabes o ter vontade de comer a toda a hora e te sentires bem porque afinal de contas por enquanto a linha não te preocupa? Sabes o sentires que estás numa nova fase e que as coisas estão a mudar? Sabes o quereres conheçer novas pessoas e lugares e saber que o consegues fazer? Sabes o andares a ler um livro que não só gostas mas com o qual aprendes mais que uma história de amor? Sabes o olhares as coisas como se fossem a primeira vez? Sabes o que é as coisas começarem a ter sentido, outra vez, e pensares, afinal consigo ser feliz? Sabes, eu sinto isto tudo agora e sei que posso dizer: eu sou capaz.

Porque hoje, é possível, Olhar para as minhas bOlhas, para, as vossas bOlhas.

                                              

decidi ficar em casa. será que em vez de coragem não me falta serenidade? para muitas coisas não. para essa, em especial, talvez, se não certamente

, Sim.

à procura de coisas fruto de um capitalismo insano, li uma frase que um dia uma amiga especial me deu. "Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir umas das outras." por vezes, dou-me conta, que essa sabedoria me tem faltado, talvez fruto de uma ausência de coragem. todos dizem com frases simples e directas o que devo fazer. nem sempre é facil de aceitar, a teoria é sempre mais simples que a prática. mas, já alguém, certa vez me disse "se os concelhos fossem bons não se davam, vendiam-se". e essa é uma bela de uma teoria.

Foi melhor, porque gostei mais do que aprendi.
Foi melhor, porque o que ouvi entrou melhor.
Foi melhor, porque consegui ver uma associação entre mim e este mundo em que estou agora.
Foi melhor, porque me respondeu de forma afirmativa.
Foi melhor, porque consegui dizer adeus às palavras repetitivas a toda a hora.
Foi melhor, porque o tempo passou a correr.
Foi melhor, porque consegui sorrir.
Foi melhor, porque a razão voltou.
                                                    Foi melhor.

Extremo a Extremo

Chegámos no meio de gente chique, acabámos no meio de outros que nem tanto o são.

Num curto espaço de tempo fomos de Extremo a Extremo, em instantes.

No primeiro, um pouco de alcool soube bem, no segundo, um chá veio a acompanhar.

Entre músicas perdidas no tempo e outras de autoria própria, nós falámos, nós aprendemos umas com as outras, partilhámos, contámos novidades e confrotámos pontos de vista.

São momentos que me fazem pensar que afinal vale a pena, pois, são estas pessoas, estas conversas, estes lugares, que fazem as coisas tomar cor, é quando o mundo deixa de ser, outra vez, preto e branco.

Saber dar valor aquilo que temos é, acima de tudo, o mais importante. Tendencialmente valorizamos mais aquilo que não temos, aquilo que queriamos ter e, muitas vezes, desvalorizamos totalmente o que é nosso, o que não precisa de esforço adicional para se manter. Ultimamente, a prioridade é contrariar isso, e sim, dar importância ao que está sempre ali, nem sempre, com a devida valorização.

Nunca deixar de sonhar, pOis, "Ninguém pode sonhar por ti"!.

Aquela altura do mÊs

Ficas assim: triste, ansiosa, deprimida.

Por vezes, dores desconfortáveis tendem também a surgir.

é, nomeadamente,

a única altura do mês em que elas tendem a sair.

Pensas poder ser outra coisa, que de momento,

é impossível.

As maiores "bebedeiras mentais" raramente ocorrem fora deste período,

os maiores erros acompanham a tendência.

Pareces não ter vontade de te mexer nestes dias,
mais uma vez, contrarias essa propensão.

Um dia, gostava de poder dizer: "quem não vê é como quem não sente".

Estar com os amigos,
                 
                                     falar com estes,
                                                  
 é de facto,
                                                                 um bom Remédio.

O Começo de ALGO...

- Nada que não se esperasse depois de anos a conviver com pessoas desta realidade. É nestes momentos que, mais se pergunta, se realmente aquele é o seu mundo e se o que pretende fazer da vida está alí. Depois de dois dias cansativos em que o relógio do pulso ao lado imensas vezes foi visualizado, ela saio e respirou de alívio. Sonhou poder estar em tranquilidade. Um impasse de horas assim não o quis. As dúvidas persistem. A incerteza também. 

- Bora sair. 

                                                                       resta saber de O QUê!